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Não há 'impedimento' em política de juros e atingir meta é possível, diz BC

Notícias 01/04/2016

Declarações foram dadas pelo diretor de Política Econômica do BC.Altamir Lopes aponta que não há espaço para queda da taxa de juros.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, negou nesta quinta-feira (31) que pressões políticas tenham impedido um aumento da taxa Selic nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, não há "impedimento" ou "constrangimento" para a instituição adotar a política de juros considerada mais adequada.

Após a reunião do Copom de janeiro, quando os juros foram mantidos estáveis, houve comentários de que o Banco Central teria sucumbido a pressões políticas. Naquela ocasião, o presidente do BC, Alexandre Tombini, rompeu o tradicional silêncio que antecede as reuniões para indicar que os juros não seriam elevados e mudar a percepção do mercado. Naquele momento, analistas apontaram que pressões políticas poderiam ter influenciado o BC.

"Não trabalhamos com essa análise, com impedimentos para subir juros. Reagimos aos fatos econômicos a cada reunião [do Copom, que define os juros básicos da economia]. Esse é o nosso compromisso. Não existe nenhum impedimento, ou constrangimento, para tomar as medidas necessárias [sobre juros] para alcançar esses objetivos [de trazer a inflação para um patamar abaixo de 6,5% neste ano e para 4,5% em 2017]", declarou ele, ao comentar o relatório de inflação do primeiro trimestre deste ano.

Sem corte de juros
O Banco Central também manteve o recado, já divulgado anteriormente em palestras de diretores da instituição, que as incertezas associadas ao balanço de risco para a inflação não permitem trabalhar com a hipótese de "flexibililização da política monetária", ou seja, com a redução da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano - o maior patamar em quase dez anos.

Apesar disso, analistas seguem estimando queda dos juros ainda neste ano, mais para o fim de 2016. "Continuamos falando que não há espaço [para corte dos juros], continuamos não vendo espaço e continuamos praticando a mesma política. Mais transparência que isso é impossível", disse Altamir Lopes.

Atingir meta é 'possível'
Apesar de o BC prever no documento um novo estouro da meta de inflação neste ano, estimando um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 6,6% a 6,9% em 2016 – acima do teto de 6,5% – o diretor do Banco Central disse que é "possível" trazer a inflação para dentro do intervalo das metas neste ano e para 4,5% em 2017.

"Achamos possível trazer a inflação para baixo de 6,5% neste ano e para 4,5% em 2017. É um ajuste que ainda está em curso", declarou Altamir Lopes.

"Estamos vendo com muita clareza e segurança desinflação [queda da inflação] no setor de serviços. Vamos ver uma desinflação muito mais pronunciada nos meses a frente. Não só esperamos isso, mas o mercado também espera uma desinflação significativa", acrescentou o diretor do Banco Central.

Contas públicas
O diretor do Banco Central disse também que a instituição já considera, em suas estimativas para as contas públicas neste ano, um cenário "expansionista" para os gastos públicos, ou seja, de aumento de despesas. Esse cenário é contemplado no resultado "estrutural" das contas públicas.

"Tínhamos um calculo de fiscal em dezembro que apontavam para a neutralidade [da política fiscal, ou seja, sem aumento de gastos e nem queda]. Quando recalculamos agora, caímos na faixa expansionista. Claro que isso leva em consideração uma série de fatores. As receitas obedecem ao ciclo [econômico, com recessão]. E tem a possibilidade de ter um resultado primário pior", explicou Altamir Lopes.

Nesta semana, o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, permitindo um rombo de até R$ 96,6 bilhões em suas contas.

Altamir Lopes avaliou que os resultados recentes das contas públicas, no ano passado e no começo deste ano, apontam para um "quadro bastante ruim e difícil no curto prazo". "Um ponto importante a considerar é que a transparência na explicitação desses resultados e no reconhecimento de que a situação é ruim", acrescentou ele.

Por Alexandro Martello - G1 

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